E se o travestismo, a dança, o teatro, a performance, a música e as artes plásticas se juntassem num só local? Final-mente, a primeira edição, é esta terça, 28 de Fevereiro, à 1h30 no Finalmente Club.
O conceito é simples: neste espectáculo cada artista dispõe de seis minutos de apresentação onde pode abordar de forma livre o universo do género, mais propriamente do travestismo.
Neste evento o preconceito fica à porta. Equívoco, imprecisão, ambiguidade, feminino, masculino, androginia, mistério, perversão, subversão, artificialidade, censura, rebelião e provocação são alguns dos ingredientes que subirão ao palco, iluminados pelos reflexos de uma bola de espelhos. “Procuramos explorar a ideia de algo que é pensado, fingido, mas sem fazer juízos de valor”, explica Luís Ferreira, produtor desta iniciativa.
Travestismo como inspiração
Num espaço de diversão nocturna onde ao cair da noite as convenções são desafiadas, André Santos, André e Teodósio, João Villas Boas & Paulo Duarte Ribeiro & Vítor d’Andrade, Luís Guerra, Maria Bakker, Mariana Tengner Barros, Rogério Nuno Costa e Tânia Carvalho vão desafiar o público a assistir a um espectáculo diferente onde a experimentação se cruza com a transgressão.
Para Luís Ferreira, “estes temas são designações móveis e flutuantes e, nos dias em que vivemos, mais do que uma ideia transgressora, o travestismo é um maná de inspiração para diversos criadores”. As expectativas são grandes, o produtor diz que este evento será “Único-mente” uma “troca de experiências muito promissora, que esperamos ser inovadora no panorama artístico lisboeta”.
A apresentação ficará a cargo de Deborah Kristal, considerada a rainha da noite lisboeta, e a entrada custa 10 euros com direito a consumo. “A próxima edição do -mente já está a ser planeada, claro. O Final foi apenas o princípio do –mente, o nosso pecado original”, confessa o produtor.