Palestiniano termina a mais longa greve de fome do conflito com Israel
“A justiça israelita decidiu libertar Khader Adnane no dia 17 de Abril e tendo em conta isso, ele terminou a greve de fome” anunciou o ministro palestiniano para as questões de prisioneiros, Issa Qaraqaë. O Ministério da Justiça israelita também confirmou a decisão do caso do prisioneiro que efectuou a mais longa greve de fome da história do conflito israelo-palestiniano.
A mulher de Adnane, Randa Moussa, saudou uma “vitória” para o seu marido que, segundo os médicos, já teria perdido mais de 40% do seu peso durante as últimas nove semanas e que estava “em perigo imediato de morte” se continuasse a sua greve de fome.
Israel estava sob intensa pressão internacional para fazer “um gesto humanitário” a favor de Adnane que iniciou uma greve de fome no dia 18 de Dezembro para denunciar a detenção administrativa – sem acusação formalizada – dos palestinianos por parte do Estado de Israel. Segundo a lei israelita, um suspeito pode ficar detido até seis meses sem acusação formada, sendo que essa detenção administrativa é renovável indefinidamente.
Adnane foi preso no dia 17 de Dezembro perto de Jenin no norte da Cisjordânia, acusado de ser porta-voz da Jihad islâmica. Padeiro de profissão, o palestiniano sempre afirmou que Israel não tinha provas contra ele e acusou os seus interrogadores de maus tratos.
Apesar da multiplicação dos apelos internacionais para a libertação de Adnane , na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu qualificava o prisioneiro com “perigoso terrorista”. Responsáveis palestinianos avisaram que a sua morte na prisão iria provocar violentas manifestações anti-israelitas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.