FBI quer ferramenta para saber o que se passa nas redes sociais

Conheces alguém capaz de desenvolver uma aplicação para agregar informação de órgãos de comunicação e de sites como o Twitter e o Facebook? É a pessoa de quem o FBI precisa

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O FBI quer traduzir automaticamente as mensages no Twitter para inglês aftab/Flickr

O FBI está à procura de quem desenvolva uma aplicação para agregar informação de órgãos de comunicação e de sites como o Twitter e o Facebook e que mostre num mapa possíveis ameaças.

Num documento público em que especifica as exigências do projecto, e que foi divulgado nesta quarta-feira no site da revista New Scientist, o FBI escreve que um dos objectivos é “melhorar e acelerar” o processo de alerta para “eventos de última hora e ameaças emergentes”.

A ferramenta deverá incluir a possibilidade de fazer pesquisas nos conteúdos das redes sociais (no caso do Facebook, o FBI refere-se aos conteúdos públicos, já que boa parte dos que é publicado nesta rede social não é público e também não aparece nas pesquisas de motores de busca como o Google). A aplicação terá ainda de traduzir automaticamente as mensagens no Twitter para inglês.

Para além disto, o documento refere a possibilidade de fazer pesquisa em notícias locais e nacionais e dá como exemplos a CNN, a Fox e a MSNBC.

Um mapa de actividades perigosas

Os diferentes níveis de alerta encontrados pelo software deverão ser assinalados num mapa (o FBI diz que os mapas do Google e do Yahoo estão entre os preferidos), através de um código de cores.

O documento é uma consulta ao mercado, mas o FBI ainda não fez um pedido oficial para que sejam apresentadas propostas.

Na sequência das notícias, pelo menos dois grupos de defesa dos direitos dos cidadãos – o americano Electronic Frontier Foundation, que se preocupa com as questões do mundo digital, e o inglês Privacy International – já se manifestaram preocupados com a intenção do FBI de monitorizar a actividade nas redes sociais.

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