O perigo das partículas finas no ar
“Todas as partículas que conseguem penetrar nos pulmões, em princípio podem ser nocivas para a saúde humana”, disse Romualdo Salcedo, especialista em engenharia de partículas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, ao PÚBLICO.
Estas substâncias são metais como o arsénio, bismuto, cádmio, cobalto, chumbo, níquel ou compostos orgânicos como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e podem causar doenças respiratórias, cardiovasculares – como tromboses e AVCs, e reacções alérgicas, como no caso do pólen, como pode ser visto no vídeo.
Os incêndios florestais, as obras nas cidades, a actividade industrial e a queima de combustíveis fósseis são algumas das situações que criam estas partículas.
Segundo Salcedo, ainda existem muitas partículas por descobrir, quer benéficas, quer maléficas. “Na UE, já há preocupação da presença destas partículas no ambiente há vários anos, mas a nível de emissões industriais apenas está a começar a dar os primeiros passos”, disse o especialista.
O “Engenharia num minuto” é uma rubrica produzida pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, para a divulgação de ciência. O PÚBLICO é parceiro neste projecto e vai, nos próximos meses, publicar duas edições ao fim-de-semana.