Número de desaparecidos do Costa Concordia sobe para 29
Dos 29 desaparecidos, quatro pertencem à tripulação do navio e 25 são passageiros, informou o comandante-geral da capitania italiana, citado pela AFP. Marco Brusco adiantou que, entre os desaparecidos, estão dez alemães e seis italianos, mas escusou-se a avançar dados sobre as restantes pessoas.
O responsável referiu que as buscas estão a ser muito dificultadas pela posição do navio e pelas condições meteorológicas, pelo que há zonas do Costa Concordia que ainda não foram exploradas pelos mergulhadores, defendendo que “ainda há uma réstia de esperança” de encontrar sobreviventes.
Até agora os corpos resgatados pertenciam a dois turistas franceses, um italiano, um espanhol e um peruano. O sexto corpo foi encontrado na segunda. Ao contrário do que foi noticiado a partir de informações divulgadas pelo jornal La Stampa, não se confirmou uma sétima vítima.
Neste momento, a embarcação está apoiada em três pontos de rocha que se erguem mesmo junto a uma falha de mais de 70 metros de profundidade e, na segunda-feira, perante uma pequena deslocação do navio foi necessário interromper as buscas durante três horas.
Na segunda-feira, o presidente da empresa Costa Cruises, proprietária do Costa Concordia, admitiu que foi um “erro” do comandante que esteve na origem do acidente. O ministro italiano do Ambiente reconheceu também que há “um risco muito elevado” de desastre ambiental, perante a possibilidade de o navio começar a libertar combustível numa zona natural que atrai inúmeros turistas durante os meses de Verão. O navio tem 2390 toneladas de combustível e, até agora, ainda não houve nenhuma fuga.
A bordo do Costa Concordia seguiam 4231 pessoas, incluindo passageiros e tripulação. A embarcação encalhou na noite desta sexta-feira ao largo da costa ocidental de Itália, junto da pequena ilha de Giglio, arquipélago da Toscânia, distrito de Grosseto. O navio tinha estado atracado no porto da localidade de Civitavecchia e dirigia-se para o porto de Savona, no Norte de Itália. A ilha de Giglio fica a 27 quilómetros da costa italiana.
O comandante, o italiano Francesco Schettino (que foi detido e pode ser acusado de homicídio involuntário), não teve autorização para tomar as decisões que tomou, adiantou o presidente da empresa Costa Cruises. Luigi Foschi disse, citado pela Reuters, que os navios da companhia têm rotas programadas e que soam alarmes quando há desvios. “A rota foi introduzida correctamente [no sistema de navegação]. O navio saiu de rota apenas devido a uma manobra do comandante. Temos de admitir os factos e não podemos negar que houve erro humano”, disse. O comandante tem sido também criticado por ter abandonado o navio antes de se certificar que todos os passageiros estavam a salvo.
Notícia corrigida às 14h56, ao contrário do que foi noticiado a partir de informações divulgadas pelo jornal La Stampa, não se confirmou uma sétima vítima.