A idade não é um entrave, mas sim um estímulo. Quanto mais velhas mais atrevidas. A investigadora Elizabeth Barret-Conor, da Universidade da Califórnia, revelou os dados de um estudo que comprovam que as mulheres aos 50 anos sentem mais prazer sexual que aos 40. O meio século feminino quer ser festejado da melhor maneira. Mas a festa começa nos anos seguintes.
O estudo norte-americano, publicado na American Journal of Medicine, teve como população de análise 806 mulheres entre os 40 e os 100 anos, todas residentes em San Diego. O estudo baseou-se na análise da satisfação sexual feminina relacionada com o uso de hormonas, frequência de excitação, lubrificação, orgasmo e dor durante o acto. A verdade é que 61% das senhoras dizem-se satisfeitas com as suas vidas sexuais.
Uma das conclusões do estudo é que 67% das mulheres com uma vida sexual activa alcançam o orgasmo na maioria das suas relações e que a satisfação sexual destas não vai além do desejo e da penetração. A maioria das senhoras dizem-se completamente satisfeitas após o acto sexual.
No entanto, 40% destas mulheres revelou que raramente sentia desejo sexual, mas que isso não as impedia de serem sexualmente satisfeitas. Ou seja, não é necessário desejar o sexo para que este lhes dê prazer. Mesmo com um terço das inquiridas sexualmente activas a dizer que sentem pouco desejo, parece que um mito sexual foi pela cama abaixo, afinal as relações sexuais não se iniciam apenas com o desejo de tal já que o desejo pode seguir-se à excitação e não antecedê-la.
A satisfação apenas com a penetração foi também um outro mito desfeito, pois as inquiridas confirmaram que o prazer máximo pode chegar mesmo sem o acto penetrativo: o toque ou a carícia podem ser suficientes. E parece que a idade dá mais força à libido: embora a actividade sexual seja menos regular, cerca de metade das senhoras com 80 anos dizem ter o mesmo prazer sexual que tinham enquanto jovens.