Ilustração

Gestos cegos de Marta Nunes

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Tem uma Polaroid apontada e a cabeça enfiada literalmente numa moldura. Vive rodeada de miniaturas de modelismo (é arquitecta MN) e abastece o rótulo Ediota. Marta Nunes é só uma pessoa, mas já não é ninguém sem a trindade (desenho, arquitectura e fotografia). A ilustração vive dentro de si desde que se lembra. Colaborou com as revistas “Pormenores”, “Textos e Pretextos” e “Cais” e parece viciada em radiografar pessoas com um traço único, um “gesto quase cego”, uma memória física. “O desenho valoriza os processos intuitivos, instintivos e sensoriais. É como o pensamento, uma linha contínua, mas que às vezes precisa de pausas para escolher uma ou outra palavra”, disse ao P3 Marta Nunes, que expõe pela primeira vez como ilustradora em Fevereiro, na Galeria Gabinete, em Penafiel.