Presidente israelita promete retirada de Belém até ao Natal
"Em qualquer caso, o Exército israelita fará todos os possíveis para permitir aos peregrinos celebrar as festividades natalícias de maneira apropriada", lê-se num comunicado emitido pela embaixada israelita no Vaticano.
Durante a audiência que concedeu a Katsav, João Paulo II apelou às autoridades israelitas para que concedam livre acesso aos peregrinos católicos a Belém, quando faltam menos de duas semanas para o Natal.
As tropas israelitas voltaram a ocupar no passado mês de Novembro a cidade de Belém, situada a poucos quilómetros de Jerusalém, na Cisjordânia, dias depois de um atentado-suicida contra um autocarro em Israel, que provocou a morte a onze pessoas.
Katsav não fez qualquer menção ao líder da Autoridade Palestiniana, Yasser Arafat, que, pelo segundo ano consecutivo, não será autorizado a visitar a cidade onde, segundo a tradição cristã, nasceu Jesus Cristo.
A comunidade franciscana, guardiã dos Lugares Santos católicos, deu conta de uma enorme quebra do número de peregrinos. "Os fiéis continuam a querer visitar a Terra Santa, mas o medo é mais forte: neste último ano, o número de peregrinos cristãos diminuiu 79 por cento", declarou o padre Giovanni Battistelli, porta-voz da comunidade.