"Loading disc… Play!" A retrospectiva do último ano impõe-se. Ao largo de guerras civis, manifestações e protestantes, quedas de governo e leis de mercado, 2011 foi um ano próspero para a indústria dos videojogos, na qual alguns títulos, mais do que as próprias consolas, centraram em si todas as atenções.
Depois de mais uma controversa edição da cerimónia que premeia os melhores videojogos do ano (Video Games Award), pouco mais há a realçar sobre os principais títulos que marcaram 2011, para além da sua (discutidíssima) escolha nas suas diversas categorias. O melhor do ano, os melhores gráficos, a melhor banda sonora, enfim, tudo é analisado. Quer dizer, tudo… tudo não.
Assim, por bons e maus motivos….
1. Link (The Legend of Zelda: Skyward Sword)
A história é sempre a mesma: a princesa Zelda é sequestrada e, para não variar, Link corre em seu auxílio. Mas isto não é tudo. A saga "The Legend of Zelda” é um verdadeiro marco na história da Nintendo e dos próprios videojogos. Link representa uma maiores e mais antigas franquias investidas pela Nintendo, a par de outras personagens como Mario ou Samus Aran. As bodas de prata foram comemoradas com o lançamento do mais recente título “The Legend of Zelda: The Skyward Sword”, e representa o maior investimento feito pela marca para a sua Wii. A acuidade gráfica, a banda sonora, assim como a jogabilidade e a experiência de utilização, proporcionada pelo Wii Motion Plus, coloca este título como o mais bem conseguido da série. “The Legend of Zelda” parece não ter limites.
2. Joker (Batman: Arkham City)
Ok. Imaginem que conseguiam juntar o Joker da mente de Tim Burton, com o outro Joker. Aquele que Christopher Nolan eternizou com Heath Ledger.
3. Nathan Drake (Uncharted 3: Drake's Deception)
A personagem da saga Uncharted é o ícone dos exclusivos da consola nipónica. Apesar da tremedeira que a Sony sofreu com o ataque à sua PSN, a empresa teve estofo para contra-atacar e lançar só este ano qualquer coisa como oito – fantásticos! – títulos exclusivos, com “Uncharted 3: Drake's Deception” a encabeçar a lista dos mais belos jogos feitos para a sua mais-que-tudo. Os gráficos, a jogabilidade, os efeitos, mas fundamentalmente o enredo e as suas personagens, tornam Uncharted, Nathan Drake incluído, uma verdadeira trilogia cinematográfica e uma obra de arte para os amantes da indústria.
4. Duke Nuken (Duke Nuken Forever)
A espera foi longa… demasiado longa. O regresso de Duke às consolas Playstation 3/Xbox 360 e PC era esperado com pompa e circunstância. O estripador de aliens mais conhecido dos videojogos esteve mais de uma década em desenvolvimento para, no fim, em meados de Junho deste ano, revelar-se ao mundo como um dos maiores "flops" de sempre da história da indústria. Os anos de espera resultaram num jogo desactualizado a todos os níveis. Os gráficos, os conceitos, a experiência de jogo, toda a revolução esperada cai por terra quando pegamos no comando e decidimos dar (mais!) vida a Duke Nukem. É mesmo caso para dizer: WTF Duke???
5. Marcus Fenix (Gears of War 3)
A chacina regressou, e ao mais alto nível. Marcus Fenix e os seus camaradas regressam para mais um orgasmo de efeitos visuais e de violência gratuita. Os inimigos super elaborados em ambientes apocalípticos e infernais, sob efeitos de luz e sombra soberbos, colocam este jogo como um must-have para a consola da gigante de Redmond. No entanto, Marcus, e o seu "Gears of War 3", são também o espelho da pouca “produção caseira” da Microsoft. Apesar da sua excelente qualidade, a lista de títulos (mainstream) exclusivos é francamente curta, principalmente quando comparada com a sua concorrente directa - a PS3.