Última edição do diário France-Soir hoje nas bancas

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(DR)

A edição do jornal francês France-Soir de quinta-feira foi a última a chegar às bancas, 67 anos após o primeiro número. O diário francês irá funcionar unicamente online.

“Não estão reunidas as condições para realizar, hoje, uma edição em papel de qualidade, dentro dos requisitos editoriais necessários”, afirmou, ontem, o proprietário Alexandre Pougachev, num comunicado dirigido aos trabalhadores do jornal.

Na terça-feira, as instalações do France-Soir, nos Campos Elísios, foram ocupadas por elementos da organização sindical Info'Com-CGT, numa acção de protesto contra o fim do formato escrito do diário francês. Em resultado desta contestação, a edição de ontem do France-Soir não chegou às bancas. A tiragem do jornal tem vindo, ainda, a ser afectada por greves de funcionários, nas últimas semanas.

Há vários meses que o France-Soir se depara com perdas na ordem dos dois milhões de euros. Perante este cenário, a direcção já havia previsto, em Outubro, o fim da edição impressa, bem como a supressão de 89 dos 127 postos de trabalho. Contudo, o anúncio oficial foi feito, ontem, aos jornalistas pelo director do jornal, Rémy Dessarts, numa conferência de redacção, segundo o Le Monde.

Fundado por Pierre Lazareff, em 1944, o France-Soir foi, durante várias décadas, um dos diários de referência em França. Durante a década de 1960, o jornal chegou a vender mais de dois milhões de exemplares por dia. Em 2009, o jornal foi adquirido pelo milionário russo Alexandre Pougachev que injectou 75 milhões com vista a recuperar a viabilidade financeira da publicação. O France-Soir torna-se, assim, o primeiro diário francês a funcionar unicamente online.

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