Ainda de luto, Cristina Kirchner iniciou segundo mandato

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"Se não cumprir o meu dever, que Deus, a Pátria e ele [Nestor] me responsabilizem” Marcos Brindicci/REUTERS

“Hoje, como podeis imaginar, não é um dia fácil para esta Presidente”, afirmou Kirchner pouco depois de receber, das mãos da filha, a faixa presidencial que no primeiro mandato, em 2007, lhe foi entregue pelo marido. Já o lembrara pouco antes, numa pequena alteração ao tradicional juramento: Se não cumprir o meu dever, “que Deus, a Pátria e ele [Nestor] me responsabilizem.”

No exterior do Parlamento, os milhares de apoiantes que seguiam a tomada de posse através de um ecrã gigante gritaram palavras de apoio à Presidente que, aos 58 anos, conseguiu em Outubro recuperar a maioria no Parlamento e garantir, com 54% dos votos, a reeleição que um ano antes lhe parecia escapar.

No seu discurso inaugural, Cristina Kirchner comprometeu-se a manter as políticas de incentivo ao crescimento da economia. “Vamos continuar o nosso projecto kirchenista até que não haja mais ninguém pobre”, garantiu. A política de forte investimento público são determinantes para a sua base de apoio eleitoral, mas os investidores temem as consequências a longo prazo, numa altura em que a inflação atinge já os dois dígitos e o arrefecimento da economia internacional está quebrar as exportações.

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