O Prémio Turner 2011 foi atribuído a Martin Boyce - o artista britânico apresentou uma instalação/escultura inspirada no modernismo e que, segundo o Guardian, parece ao mesmo tempo um espaço interior e um parque municipal, criando "uma atmosfera lírica e outonal". Boyce vai receber o prestigiado prémio no valor de 25 mil libras.
O prémio foi anunciado pelo fotógrafo Mario Testino, numa cerimónia na Galeria Baltic, em Gateshead, Reino Unido, onde estão expostos os trabalhos dos nomeados. O júri justificou a escolha de Boyce por considerar que ele abriu "um novo sentido da poesia".
Dos quatro nomeados para o prémio - o grupo inclui ainda Karla Black (que trabalha também com instalações e materiais de grande fragilidade), Hilary Lloyd (vídeo, cruzando filme com escultura) e George Shaw (o único pintor) -, Boyce, de 44 anos, era dado como favorito, lembrava a Reuters.
O Guardian destaca ainda o facto de ser o terceiro vencedor consecutivo do Turner a ter nascido ou estudado em Glasgow, o que "confirma a importância da cidade para o mundo da arte britânica".
Este foi o ano em que - pelo menos segundo os críticos de arte na imprensa do Reino Unido - o Turner voltou a conquistar alguma da relevância que perdera. O prémio existe desde 1984, e esta é apenas a segunda vez que a exposição dos trabalhos dos nomeados é feita fora de Londres. Este, dizia a Reuters, foi o ano que "que ajudou a colocar o Prémio Turner de volta no mapa cultural".
Nas últimas três décadas, o prémio já distinguiu artistas como Damien Hirst (1995) ou Steve MacQueen (1999), e consagra todos os anos um artista britânico, ou baseado no Reino Unido, com menos de 50 anos.
A exposição das obras dos nomeados de 2011 continua na Galeria Baltic até 8 de Janeiro.