Ranking climático de 58 países coloca Portugal em 14º
A lista é ordenada com base num índice criado pela organização não-governamental GermanWatch e pela Rede Europeia de Acção Climática – o Climate Change Performance Index – e que leva em conta a evolução das emissões de CO2 e as políticas internas e externas adoptadas.
Dos 58 países avaliados – representando mais de 90 por cento das emissões mundiais de CO2 – a Suécia é a melhor colocada, com 68,1 pontos, numa escala de zero a 100. Não está, porém, no topo, pois o ranking guarda as três primeiras posições para países que possam ser considerados exemplares. “Simbolicamente, ficam três lugares livres, é um pódio”, explica Francisco Ferreira, vice-presidente da associação Quercus, que integra a Rede Europeia de Acção Climática.
“O índice mostra que nenhum país dos considerados pode ser destacado como tendo um desempenheo satisfatório no que respeita à protecção do clima”, acrescenta um comunicado da Quercus.
Portugal, com 62,9 pontos, fica na 14ª posição – a mesma do ano anterior. Há dois anos, Portugal estava em 12º e há três anos, em 15º.
Segundo a Quercus – que fez a avaliação portuguesa –, determinante para a posição do país são as emissões per capita baixas e as medidas previstas para as reduzir, mesmo que algumas não estejam ainda concretizadas.
“Estes dados reflectem também a crise económica e financeira, que em muito contribui para o país assegurar o cumprimento do Protocolo de Quioto apenas com medidas internas”, diz o comunicado da Quercus.
Os maiores emissores mundiais de CO2 estão no fim da tabela. Os Estados Unidos ocupam a 52ª posição, com 48,5 pontos, devido “a uma avaliação negativa da sua política e a um nível muito elevado de emissões”, segundo o relatório do Climate Change Performance Index, divulgado hoje.
Já a China, que ultrapassou os EUA como o maior emissor mundial de CO2, fica-se pela 57ª posição, 44,6 pontos. Mas os ambientalistas consideram que a situação no país está a mudar, com uma forte aposta nas energias renováveis e metas para reduzir a intensidade energética da sua economia. “A posição da China no índice vai melhorar dramaticamente tão essas tendências positivas influenciem a evolução das emissões”, avalia o relatório.