Teoria dos “seis graus de separação” revista para a Web 2.0

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A teoria da década de 1960, postulada cientificamente por Stanley Milgram, foi agora revista com a ajuda da mais popular rede social do mundo Thierry Roge/Reuters

A teoria dos graus de separação já existia desde a década de 1920 (postulada no conto “Chains”, da autoria do húngaro Frigyes Karinthy) mas foi psicólogo social Stanley Milgram quem, em 1967, estabeleceu que os saltos necessários para uma pessoa chegar a qualquer outra, no mundo, eram exactamente seis.

Esta prova (“ The Small World Problem ”) foi feita, então, com recurso a 296 voluntários que deveriam enviar um postal a um cidadão específico nos subúrbios de Boston através de uma cadeia de amigos e amigos de amigos.

Chegados ao século XXI esta teoria foi revista. Usando os algoritmos preparados pela Universidade de Milão e tendo por base as interligações entre 712 milhões de membros do Facebook (actualmente esta rede social conta com cerca de 800 milhões de utilizadores em todo o mundo) - os seis graus de média descem agora para 4,74. Nos Estados Unidos, onde mais de metade das pessoas com mais de 13 anos utilizam o Facebook, estes saltos baixam para uma média 4,37 graus de separação.

A experiência durou um mês e impressiona pela quantidade de pessoas observadas neste estudo (712 milhões de pessoas equivale a dizer pouco mais de um décimo de toda a população mundial – que ainda recentemente ultrapassou a barreira dos sete mil milhões de seres humanos).

“Mesmo que consideremos o mais remoto utilizador do Facebook na tundra da Sibéria ou o habitante da floresta peruana, um amigo de um amigo vosso provavelmente conhece um amigo de um amigo dessa pessoa”, indicou o Facebook no seu blogue oficial fazendo um resumo do seu estudo “Four Degrees of Separation”.

“Estamos todos perto, de certa forma, de pessoas que não gostam de nós, que não simpatizam connosco e que não têm nada em comum connosco”, indicou ao “The New York Times” Jon Kleinberg, professor de ciências da computação na Universidade de Cornell e assessor de um dos autores deste novo estudo. “São os ‘laços fracos’ [os que não são de amizade] que tornam o mundo pequeno."

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