Muito mosh, crowdsurf e circle pit caracterizam bem a maratona de bandas de metal que se realizou ontem, dia 18 de Novembro, no Coliseu do Porto. Os Machine Head, uma das bandas mais importantes do metal actual, lideraram a noite, em que actuaram também os Darkest Hour, Devildriver e Bring Me The Horizon.
O concerto de Machine Head abriu em grande com, “I am hell” e “Be still and know”, duas das músicas do novo álbum, “Unto The Locust”, do qual tocaram ainda os temas “Locust”, “This is the end” e “Darkness within”. Durante a actuação foram também ouvidos “Imperium”, “Buldozzer”, “The blood, the sweat, the tears”, entre outros temas eternos da banda.
“Os mais novos devem aprender uma lição dos mais velhos: nós vamos tocar uma música bastante rápida, em que toda a gente deve perder a cabeça e ficar louca”, pediu à multidão Robb Flynn, líder dos Machine Head, introduzindo a música “Aesthetics of hate” em memória do ex-guitarrista dos Pantera e Damegeplan, Dimebag Darrell, assassinado em 2004.
Os cânticos, os gritos, o bater de palmas, os braços no ar, os saltos e a loucura da multidão foram incentivados por Robb Flynn, que interagiu sempre com o público durante a actuação e o foi brindando com baquetas, palhetas de guitarra e com a partilha de bebidas. Entre as músicas saudou os seguidores mais antigos e os mais novos, ostentou a bandeira portuguesa, colocando-a na bateria, e agradeceu aos fãs: “Nós crescemos não porque as pessoas nos ajudaram, não aparecendo na rádio ou na MTV, mas graças a vocês todos nesta sala, que se levantam".
"De alguma forma sentimos que vocês precisam da nossa música tanto como nós precisamos. Nós somos os esquisitos, os exilados da sociedade e estamos nesta sala todos juntos”, afirmou Robb Flynn.
