Metade dos estudantes confessa plágio de trabalhos académicos

O plágio é facilitado pelo acesso às novas tecnologias. A análise é da professora Aurora Teixeira, que coordenou um estudo pioneiro sobre a fraude académica

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Os trabalhos omitem referências bibliográficas

O plágio entre os estudantes portugueses é, hoje, uma prática "generalizada" e facilitada pelo acesso às novas tecnologias.

A análise é da professora da Universidade do Porto (UP) Aurora Teixeira, que coordenou um estudo pioneiro sobre a fraude académica no país, onde se conclui que metade dos alunos do ensino superior admite já ter recorrido a este género de práticas.

De acordo com o estudo Integridade Académica em Portugal, a prática mais comum entre os universitários é a "reciclagem" de um ensaio ou trabalho feito anteriormente para outra disciplina e entregue como se de material original se tratasse.

Há 45,6% que admitem já ter usado esta estratégia, um pouco mais do que aqueles que submeteram trabalhos omitindo referências bibliográficas (42,1%).

Entre as práticas mais comuns encontram-se ainda a submissão de artigos com citações que não surgem discriminadas na bibliografia ou a citação inadequada de fontes bibliográficas.

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