Protestos anti-Wall Street alastram a várias cidades

Detenção de cerca de 700 pessoas fortaleceu o movimento contra desigualdades que já chegou a Boston e Los Angeles

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Protestos na ponte de Brooklyn resultaram na detenção de cerca de 700 pessoas Jessica Rinaldi/Reuters

Começaram por ser algumas dezenas, há três semanas, mas os protestos contra a crise económica e a ganância empresarial intensificaram-se em redor de Wall Street após a detenção de cerca de 700 pessoas que já foram entretanto libertadas.

A actuação policial e as detenções acabaram por fortalecer os protestos dos que se manifestam junto ao coração financeiro dos Estados Unidos, em Nova Iorque.

Nesta segunda-feira, dia 3 de Outubro, um porta-voz do grupo "Ocupem Wall Street", Patrick Bruner, apelou aos manifestantes para que se vistam como "zombies" e "comam" dinheiro a fingir, notas do jogo Monopólio, para que os responsáveis do sector financeiro os vejam "a representar uma metáfora das suas acções", adiantou a Associated Press.

Mapa das manifestações

O protesto que começou a 17 de Setembro com poucas dezenas de pessoas a acampar alguns dias no Zuccotti Park, uma praça junto a Wall Street, cresceu depressa e já se alastrou a várias cidades. Nesta praça há agora um mapa dos EUA no qual foram assinalados 21 locais onde houve manifestações, e entre eles estão Los Angeles, Chicago ou Boston.

John Hildebrand, de 24 anos, é professor, está desempregado e veio de Norman, no estado de Oklahoma, para se juntar aos protestos em Nova Iorque. Chegou no sábado, o dia em que muitos manifestantes se deslocaram para a ponte de Brooklyn, numa marcha que levou à detenção de cerca de 700 pessoas que acabaram por ser libertadas horas depois.

"A minha questão é a influência das empresas financeiras na política", contou à Associated Press quando nesta segunda-feira se levantava do saco-cama. O seu objectivo, adiantou, é regressar a casa e organizar um protesto semelhante na sua cidade.

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