Apesar de o Benfica ter sido superior ao Twente no decorrer da primeira parte, não conseguiu traduzir essa tendência em golos, e o técnico "encarnado" sublinhou que não estava preocupado com o resultado, no final dos primeiros 45 minutos.

"Ao intervalo, eu disse que se continuassem a jogar assim, os golos iam aparecer, e apareceram. O Benfica fez uma primeira parte perfeita do ponto de vista táctico, eu senti que esta equipa do Twente era muito forte ofensivamente, e controlámos na primeira parte os movimentos ofensivos deles. Tivemos mais ocasiões de golo e uns primeiros 45 minutos de grande intensidade", referiu o treinador do Benfica, na conferência de imprensa.

Jorge Jesus explicou que a o menor rigor defensivo nos últimos minutos do encontro se deveu ao elevado cansaço que alguns dos seus jogadores denotavam.

"Não conseguimos manter a mesma intensidade de jogo ao longo dos 90 minutos, jogámos com pressão alta no campo todo, o que criou desgaste nos jogadores. Alguns já estavam esgotados e acabámos por sofrer um golo, mas o que importa é que passámos a eliminatória. Fomos perfeitos", disse.

O técnico das "águias" destacou o papel do médio Axel Witsel, autor de dois golos, e referiu que o clube andava à procura de um jogador como o internacional belga.

"O Axel é um jogador com umas características especiais, para alem da qualidade técnica é também muito forte, tentámos contratar um ou dois jogadores para aquela posição com outras capacidades físicas, como é o caso do Axel", afirmou Jorge Jesus. "O Axel hoje mostrou toda a sua capacidade, é um jovem que está a crescer e a conhecer a obrigação táctica que os jogadores têm de ter comigo, e foi premiado com dois grandes golos."

Sobre a Liga dos Campeões, o técnico "encarnado" não estabelece metas, salientando que o mais importante é "continuar, se possível, a jogar a um nível alto".

"O Benfica entra na fase de grupos, onde estão as melhores equipas da Europa, e uma equipa nesta fase, tudo o que faz é considerado valorização", disse.