Coco Chanel, a espia nazi, em novo livro

Ícone cultural, empresária brilhante e sem escrúpulos que marcou o século XX francês, génio que reinventou a mulher por fora e por dentro e sobre o qual muito se especulou. Coco Chanel foi tudo isto e muito mais.

Hoje sai nos EUA mais um livro sobre as suas ligações à Alemanha de Adolf Hitler. Em Sleeping With the Enemy, Coco Chanel Secret War (editora Knopf) do especialista em Segunda Guerra Mundial Hal Vaughan, volta a falar-se sobre o facto de Chanel ter sido uma espia nazi desde 1940 e de ter alinhado sem reservas ao lado dos homens do führer durante a ocupação em França, mantendo privilégios bem conhecidos (como a suite no Hotel Ritz, que, à data, era reservado aos mais altos funcionários de Berlim) e uma relação com o barão Hans Günther von Dincklage, reputado agente alemão.

Segundo o site americano The Daily Beast, o novo livro de Hal Vaughan explica ainda por que razão não foi Chanel condenada como colaboracionista no fim da guerra - graças à sua amizade com o primeiro-ministro britânico Winston Churchill - e porque estava ela tão próxima da elite alemã: "Ela tornara-se rica, fazia-se apreciar entre os mais ricos e com eles partilhava o ódio aos judeus, aos sindicatos, aos maçons, aos socialistas e ao comunismo. Desde 1933 que considerava Hitler um grande europeu", escreve Michael Korda no Daily Beast.

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