Confissões de Uma Namorada de Serviço

Ah, os "filmes experimentais de Soderbergh"... Na verdade, e em face dos temas que convoca (a prostituição, o dinheiro: esquecer os "Vivre sa Vie", esquecer as gueixas de Mizoguchi...), "experiência" só do género escolar, aplicado exercício (que nem chega a ser "de estilo") a comprazer-se com as suas referências à contemporaneidade, usadas como fetiche titilante e sublinhadas à exaustão (Soderberg descobriu a pólvora: vive numa sociedade capitalista). Quase nada funciona, as personagens são desinteressantes, a protagonista como os secundários (ainda mais irritantes estes do que aquela: que insuportável é aquela converseta no avião para Las Vegas), e "Confissões" parece um caderno de esboços - cada cena, no limite cada plano, é um esboço - para um filme que não chegou a existir.

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