De Bombaim a Mumbai

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Em 1995, Bombaim, Bombay o seu equivalente inglês (quase) universal, tornou-se Mumbai, como parte do programa político do partido Shiv Sena, determinado em apagar os vestígios colonialistas das placas toponímicas - as ruas e edifícios públicos também foram rebaptizadas em marata, ainda que em muitos casos resistam as designações antigas: por exemplo, o Terminal Vitória é agora Chhatrapati Shivaji Terminus e o Museu do Príncipe de Gales é Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya, em honra do líder marata Chhatrapati Shivaji, que empresta também o nome ao aeroporto internacional da cidade. Não foi apenas Bombaim que mudou de nome - o movimento nacionalista também mudou o nome por exemplo de Calcutá, que se tornou Kolkata, Madrasta é agora Chennai.

Mumbai, nome pré-colonial, tem origem na deusa Mumba, adorada pelos pescadores Koli, os habitantes primeiros destas terras. Bombaim foi o nome pelo qual os portugueses as passaram a designar e que os ingleses "traduziram" para Bombay, tomando erroneamente como referência a "baía" na qual a cidade nasceu e cresceu - lemos sobre a origem de "Bombay" e vem sempre a alusão a "bom bahia". Mas Bombaim parece ter sido ele próprio uma variação de Mumba Devi, o nome da deusa, e, na verdade, no século XVI Garcia de Orta falava de "Mombaim" ao mesmo tempo que também já era comum a sua forma "Bombaim". Em inglês, Mumbai já substituiu Bombay; em português, Bombaim permanece, como o "aportuguesamento" do nome original que foi logo adoptado.

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