Marcha volta a defender em Lisboa direitos dos homossexuais

Foto
A marcha sai do Príncipe Real e termina na Praça da Figueira Foto: Martim Ramos/arquivo

O objectivo da marcha, que vai na 12.ª edição, é “dar mais passos na luta contra a discriminação em função da orientação sexual e identidade de género, nomeadamente no reconhecimento da parentalidade aos mais diversos níveis”, envolvendo questões como a adopção, co-adopção e procriação medicamente assistida, disse à Lusa Paulo Côrte-Real, presidente da ILGA Portugal (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero), uma das instituições organizadoras da iniciativa.

Sobre a parentalidade, o responsável referiu que as famílias LGBT são uma realidade e que as crianças que estão no seio dessas famílias “exigem exactamente a mesma protecção que é dada às demais”. “É nossa obrigação e é nossa responsabilidade garantir essa protecção e isso passa por reconhecer as famílias que existem e por atribuir, naturalmente, reconhecimento legal a essas famílias”, defendeu.

O presidente da ILGA Portugal disse também que a Marcha do Orgulho Gay é feita para “celebrar” a igualdade, a liberdade e a solidariedade, que são os motes do evento deste ano. A iniciativa é aberta a todas as pessoas que “se revêem naqueles valores, valores que são comuns a todos e que é fundamental promover”, afirmou Côrte-Real.

No entanto, na semana passada, a associação de defesa dos direitos dos homossexuais, bissexuais e transgénero Opus Gay voltou a criticar a organização da marcha, afirmando-se “sistematicamente” afastada da iniciativa. Críticas desvalorizadas por Côrte-Real: “As organizações não são convidadas para participar na marcha, elas simplesmente vão.”

Este ano, a marcha sai do Príncipe Real e termina na Praça da Figueira. No ano passado, a iniciativa contou com a participação de mais de cinco mil pessoas.

Sugerir correcção
Comentar