Competição de Design Inclusivo visa tornar percursos de Gaia mais acessíveis

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Ideia é promover a mobilidade e a fruição do espaço, até a nível estético nfactos/fernando veludo

Deram-lhes 24 horas para tornarem mais acessíveis e confortáveis um conjunto de percursos predefinidos de Gaia. Cinco equipas têm de encontrar, até às 17h de hoje, uma solução de Design Inclusivo (concepção de produtos, ambientes e serviços que possam ser utilizados por todos, independentemente da idade ou condição física) para o desafio que lhes foi proposto no workshop24hrs Inclusive Design Challenge.

"Fizemos uma rota e dividimo-la em secções. Cada secção é da responsabilidade de uma equipa. Pedimos-lhes para criarem uma ou um conjunto de intervenções que melhorem esta rota em termos espaciais, visuais ou de mobilidade", disse ao PÚBLICO Julia Cassim, investigadora do Royal College of Art.

O 24hrs Inclusive Design Challenge, organizado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e pelo Royal College of Art de Londres, é um workshop pioneiro em Portugal. A maioria dos participantes foi convidada pela organização, que tentou escolher pessoas de diferentes idades e áreas de formação.

"Estão aqui engenheiros, arquitectos, designers de comunicação, de produto e representantes das autarquias, porque é importante conseguir despertar as autarquias para este tipo de abordagem", afirma Carlos Aguiar, professor de Design na FEUP.

Julia Cassim explica que não há muitos projectos de Design Inclusivo, porque as pessoas pensam que não há grande espaço para a criatividade quando se trata de idosos ou de deficientes. "Os objectos não têm de ser apenas funcionais. As pessoas não querem coisas feias", frisa.

"Estamos cá para ajudar", afirma Olga Noronha, aluna da Central Saint Martins, em Londres, e uma das participantes na competição. A organização do evento acredita no potencial dos grupos escolhidos e pretende que este "projecto-piloto" regresse para novas edições.

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