Portas promete continuar discurso realista e pragmático depois das eleições

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O líder do CDS voltou a rejeitar a palavra “promessas”, preferindo “compromissos” Adriano Miranda (arquivo)

No discurso de encerramento em Setúbal, o líder do CDS voltou a rejeitar a palavra “promessas”, preferindo “compromissos” e “só os fiáveis e executáveis depois de domingo”.

Mais uma vez, Portas colocou o partido como o garante de que, "no governo de segunda-feira" vai travar o clientelismo do Estado.

Em jeito de balanço, Paulo Portas realçou que os portugueses apreciaram que não houvesse “insultos” na campanha centrista. E prometeu manter “a elevação e moderação” se receber “força” para ser Governo.

Sem responder directamente a Passos Coelho, que hoje lembrou que a direcção do Governo será do PSD, líder do CDS apelou, mais uma vez, ao voto dos socialistas e dos sociais-democratas. E demarcou o CDS dos “laranjas” pela “moderação” e a “ética social”.

Momentos antes, o eurodeputado Nuno Melo usou a ironia contra o líder do PS para o criticar quando, há um mês, disse que não governava com o FMI. “Vamos ajudar Sócrates a cumprir uma promessa”, disse o vice-presidente, lembrando que foi o líder do CDS que primeiro pediu a Sócrates para sair do cargo de primeiro-ministro. “Sócrates não saiu pelo seu pé, vai sair pelo pé do povo”, rematou.

No distrito de Setúbal, o CDS ficou em 2009 a poucos votos de eleger o segundo deputado, objectivo que mantém nestas legislativas.

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