Miguel Portas avisa que está em causa a democracia
O eurodeputado pelo Bloco frisou que nestas eleições legislativas o que se está a preparar é uma “verdadeira mudança de regime”, em que a soberania não é do povo mas do “eurocrata”.
Num discurso duríssimo, Miguel Portas avisou o país que será governando por um programa “monitorizado em Bruxelas” e que de três em três meses Portugal será alvo da fiscalização de “um rapaz de olhos claros, óculos escuros e pasta preta”.
“Não há primeiro-ministro, o que há é uma criatura que vai a despacho”, acusou Portas. E pediu que ninguém tenha a "tentação" de ficar em casa no próximo domingo, insistindo no mesmo ponto: “O que está em causa aqui é a própria democracia.”
Portas falou no programa da "troika", que é um programa com “calendário,” e disse que PS, PSD e CDS não merecem o voto dos portugueses, “muito menos José Sócrates e a governação do PS”. E explicou que a redução da Taxa Social Única acordada por Sócrates e o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, é a “passadeira cor-de-rosa para o PSD”.
“Votar no PS é obviamente votar também no PDS e no CDS para o Governo, não é nada menos do que isso”, acusou. E, segundo o eurodeputado, ganhe ou perca, o PS estará no poder com o PSD e o CDS.
E rematou, afirmando que ninguém deve “votar contra si próprio” e que o Bloco é "a esquerda com quem as pessoas contam no dia 6, no dia 7 [de Junho] e nos seguintes".