Louçã: Sócrates traz "impostos no bolso"

“Atreve-se a chegar às eleições com um aumento de impostos no bolso”, sem explicar aos portugueses quanto mais é que vão pagar e quanto menos vão ter de garantia na sua pensão, acusou o candidato pelo Bloco de Esquerda.

“Hoje acabaram todas as dúvidas”, afirmou Louçã. E justificou: “O segundo memorando confirma que o Governo assinou com o FMI uma ‘significativa’ redução da Taxa Social Única [TSU], quer dizer, uma grande redução da contribuição da entidade patronal”. Estava dado o mote para, logo de seguida, Louçã afirmar que “vai haver um aumento de impostos para compensar essa diferença”. Em causa, defendeu, está a sustentabilidade da Segurança Social e o futuro pagamento de reformas.

E avisou Sócrates que tem “dois dias para explicar onde é que quer aumentar impostos”. Apelando ao voto útil à esquerda, Louçã acusou o primeiro-ministro de não querer sequer responder aos eleitores socialistas, que são os primeiros a ser “enganados por estas medidas”.

“Não é pura incompetência, é mentira organizada sobre a Segurança Social”, disse Louçã. Que acusou PS, PSD e CDS de serem “troca-tintas”, que querem “tudo para quem tem tudo e nada para o país que precisa”.

No final, duas palavras com destinos diferentes e o mesmo objectivo: o voto. Uma para a abstenção e os jovens, porque sem eles, diz Louçã, não há combate contra a precariedade e a pobreza, e outra acerca do voto útil, dirigida a todos os que já votaram no “PS ou noutros partidos”.

“A escolha é entre perder e ganhar o voto”, rematou o candidato. O “voto perdido” é um voto que deixa as pensões serem congeladas, os salários reduzidos e a economia às portas da bancarrota com juros impagáveis e uma dívida cada vez maior, disse o líder bloquista.

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