Em "nenhum momento" a GNR é homofóbica

Será que o recente casamento entre a capitã Patrícia Almeida, de 27 anos, e a cabo Maria Teresa Carvalho, de 39 anos, ambas da GNR, demonstra abertura da instituição à questão homossexual? O casal não quis até agora falar com a imprensa. O P2 pediu um comentário ao porta-voz da GNR, tenente-coronel Pedro Costa Lima, mas este recusou-se, alegando que a GNR "não comenta publicamente assuntos que sejam do foro privado dos seus militares". À pergunta sobre se as pessoas homossexuais ao serviço da GNR sofrem algum constrangimento profissional em função da orientação sexual, Pedro Costa Lima respondeu que não. "Em nenhum momento", garantiu.

A GNR não é um ramo das Forças Armadas, mas uma força de segurança militar, com dupla tutela do Ministério da Defesa e Ministério da Administração Interna.

A associação ILGA-Portugal promoveu em Novembro do ano passado uma acção de formação sobre Crimes de Ódio Contra as Pessoas LGBT, em que os formandos, por via de protocolos institucionais, foram membros da GNR e de outras forças de segurança. "Houve muita participação e interesse", comenta Paulo Côrte-Real, presidente da ILGA. "Há sinais de abertura e receptividade, embora o trabalho esteja ainda no seu início."

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