A Casa da Baía é inaugurada hoje, ao final da tarde, em Setúbal. O espaço agora requalificado é, segundo a presidente da câmara, Maria das Dores Meira, "um lugar que vai perpetuar as memórias e a identidade da cidade", albergando áreas dedicadas ao turismo, à cultura e à gastronomia.

"O edifício foi, em tempos, o recolhimento da Soledade, no século XVIII, e posteriormente foi um asilo para crianças filhas das gentes do mar, no final do século passado foi um jardim-de-infância, por isso tem memórias e recordações que importa preservar", adianta a autarca. A Casa da Baía vai ser também um espaço de divulgação e comercialização de produtos regionais, nomeadamente o queijo, os doces e os vinhos da região que têm uma área vínica com garrafeira de exposição onde estão representados 36 produtores.

A zona dos claustros do antigo recolhimento vai funcionar como jardim de Inverno, "apto a receber diversos eventos", enquanto a área não-coberta do edifício, num espaço interior, recebeu um chão em material transparente de forma a permitir observar os vestígios arqueológicos descobertos durante a obra. Estão ainda disponíveis uma galeria para exposições, um auditório multiusos, salas de reuniões e zonas ocupadas pelas confrarias do queijo de Azeitão, do Moscatel e da Associação Baía de Setúbal.

A obra, orçada em perto de dois milhões de euros, comparticipados em cerca de 400 mil euros pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional, deveria estar concluída no início do próximo mês, mas foi antecipada para receber as comemorações do Dia da Marinha que este ano se assinalam em Setúbal.