Estado sai da EDP e da REN até ao final do ano
No documento, ao qual a agência Lusa teve acesso, o Governo português e a equipa tripartida (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) referem que está planeada “uma aceleração do programa de privatizações”.
O plano existente, que vai até 2013, refere o texto, “cobre os transportes (ANA, Aeroportos de Portugal, TAP e a CP Carga), sector da energia (Galp, EDP e REN), comunicações (CTT) e Seguros (Caixa Seguros), bem como várias pequenas empresas”, que não especifica.
Até agora, o plano visava obter receitas de 5,3 mil milhões de euros até 2013 “com desinvestimento apenas parcial em todas as grandes companhias”, indica ainda o texto acrescentando que o que está agora acordado visa “ir ainda mais longe, com um rápido desinvestimento das participações públicas na EDP [eléctrica] e na REN”, que gere as redes de transporte de electricidade e gás em Portugal.
“Estamos esperançados de que as condições de mercado vão permitir a venda destas duas empresas, bem como da TAP, até ao final do ano”, pode ler-se no memorando.
Por outro lado, as partes também se comprometem a identificar, “até à segunda revisão [do acordo], duas outras grandes empresas” com vista à privatização.
Um novo plano de privatizações será preparado até Março de 2012.