O Boeing 767 que voava de Boston para Los Angeles partiu do aeroporto de Logan às 08h02. Atingiu a torre norte do World Trade Center às 08h48, entre o 95º e o 103º andares. Mortos: 92, incluindo nove assistentes de bordo e ambos os pilotos, e muitas mais pessoas que se encontravam no edifício.

O segundo avião embateu na torre sul do World Trade Center às 09h03, ao nível do 80º andar, cerca de um quarto de hora depois do primeiro choque. Deixou o aeroporto Logan em Boston às 07h58 em direcção a Los Angeles. Mortos: 65, incluindo pilotos e assistentes de bordo e muitas mais pessoas que estavam na torre sul.

O terceiro avião, um Boeing 757, descolou do aeroporto de Dulles, em Washington, às 08h10 em direcção a Los Angeles quando foi desviado. Voltou para trás. Às 9h40 chocou contra o edifício do Pentágono, a sede das Forças Armadas norte-americanas, provocando o colapso dos cinco andares de uma parte do edifício hexagonal. Mortos: 64, incluindo quatro assistentes de bordo e dois pilotos, mais 190 vítimas que estavam no Pentágono.

Um Boeing 757 levantou voo do aeroporto de Newark às 08h01 com destino a São Francisco. Despenhou-se numa zona rural da Pensilvânia, a 128 quilómetros de Pittsburgh, às 10h03. Mortos: 45, incluindo cinco assistentes de bordo e dois pilotos. O seu alvo escolhido seria provavelmente Washington. Talvez a Casa Branca, mas nunca se chegou a confirmar.

A Casa Branca é evacuada.

A torre Sul do World Trade Center desmorona-se.

São evacuadas 4700 pessoas da sede das Nações Unidas em Nova Iorque e outras 7000 pessoas das sedes da UNICEF.

A direcção Federal de Aviação informa que todos os voos transatlânticos com destino EUA serão desviados para o Canadá.

A torre Norte do World Trade Center desmorona-se. O Governo ordena o abate de todos os aviões que entrem no espaço aéreo de Washington.

Todos os edifícios e oficinas federais em Washington são evacuados.

O presidente da Câmara de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, pede aos habitantes da cidade que permaneçam em suas casas e dá ordens para que a zona sul de Canal Street, conhecida como a parte baixa de Manhattan seja evacuada.

A CNN informa que os centros de Controlo e Prevenção dos EUA preparam equipas de bioterrorismo para responder aos eventuais incidentes como medida cautelar.

É declarado o estado de emergência nos EUA.

Fontes do Departamento de Estado apontam pessoas próximas de Osama bin Laden como responsáveis pelos atentados.

A televisão iraquiana saúda os ataques contra as torres gémeas como «a operação do século» e diz que os EUA a mereciam pelos crimes que cometeram.

Mísseis atingem Cabul, capital do Afeganistão, durante a noite.

Os atentados não foram apenas terrorismo, foram actos de guerra, afirma o Presidente George W. Bush.

Osama bin Laden é apontado com o principal responsável pelos atentados.

“Estamos em guerra”. A mensagem do Presidente Bush anuncia um conflito que “não será curto”, nem fácil.

Tony Blair declara “guerra ao terrorismo”, entrando numa maratona diplomática para reunir consenso em torno de uma intervenção militar no Afeganistão.

Termina o prazo para a entrega de bin Laden pelos taliban. Centenas de aviões de guerra norte-americanos começam a dirigir-se para bases estrangeiras no Médio Oriente e Ásia Central. A operação é chamada “Justiça Infinita”.

“Ou estão do nosso lado, ou estão do lado dos terroristas», disse Bush, no dia em que os EUA recebem o apoio dos Quinze, que pedem uma resposta militar sob a égide da ONU.

A NATO activa, pela primeira vez na sua história de 52 anos, a cláusula de defesa mútua prevista no tratado fundador, adoptando oito medidas para ajudar os EUA, ao nível da logística. No dia seguinte, EUA apresentam lista de pedidos à NATO.

Arranca o ataque ao Afeganistão, antes do anoitecer - operação “Liberdade Duradoura” -, contra os talibã e a Al Qaeda, que envolve o recurso a 40 aviões e 50 mísseis Tomahawk e forças terrestres.