APAV admite dificuldades financeiras, mas afasta despedimentos
“ [A nossa situação] está também difícil, como estão todas as entidades que cumprem missões com subsídios do Estado”, admitiu Joana Marques Vidal, à margem da assinatura de um protocolo de cooperação com a Polícia Judiciária, hoje assinado.
Joana Marques Vidal explicou que parte dos fundos que permitem à instituição funcionar advém de um protocolo celebrado com cinco ministérios, sendo que o que vigora actualmente tem uma duração de três anos e terá que ser renegociado no final deste ano.
“Os compromissos do lado do Estado têm estado a ser cumpridos, aquilo que já está protocolado. Claro que nos preocupa o futuro, mas esperemos que os termos de renegociação deste protocolo nos permitam continuar a exercer a nossa missão”, disse a presidente da APAV.
As restantes verbas que permitem o funcionamento da instituição são angariadas através de donativos e mecenato e alguns programas de cooperação internacional, mas também neste campo se agravam as preocupações em relação ao futuro.
“O que vai acontecer com esses fundos também nos preocupa, porque atendendo à crise existente os donativos e mecenato diminuíram grandemente. Não tenho números claros, que possa dar com exactidão, mas sentem-se quebras”, reconheceu a responsável.
Joana Marques Vidal afastou por agora qualquer cenário de despedimento ou encerramento de projectos por falta de verbas que não lhes permitam dar continuidade, mas reconheceu que a gestão financeira da APAV é agora muito mais criteriosa.
“Neste momento ainda temos capacidade para desempenhar a nossa acção, mas é preocupante. Sempre tivemos cuidado com o controlo de custos, agora é redobrado. Tudo o que é possível cortar, corta-se”, disse.