A Câmara de Lisboa vai homenagear o realizador Manoel de Oliveira durante o FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, entre 26 de Abril e 1 de Maio, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

O realizador português de 102 anos dará nome à Sala 1 do Cinema São Jorge. A cerimónia de "baptismo", às 19h de 28 de Abril, irá contar com o próprio homenageado, à qual se seguirá a exibição do filme mais recente de Oliveira, O Estranho Caso de Angélica, rodado em 2010. A homenagem, na qual participará o líder da autarquia lisboeta, António Costa (PS), integra-se numa homenagem mais vasta ao cinema português desta segunda edição do FESTin, que vai albergar uma retrospectiva do realizador João Botelho, segundo o programa ontem apresentado.

Marcelo Valadares, director da programação, referiu, na conferência de imprensa, que o FESTin seleccionou este ano 72 dos 180 filmes que recebeu. Em competição estarão 53 filmes, 13 na secção das longas-metragens - que vão competir por um prémio de 5000 euros -, e 40 na secção dedicada às curtas-metragens, que dará um prémio de 2500 euros. "Recebemos três vezes mais filmes do que no ano passado, o que mostra que a produção dos países de expressão portuguesa, principalmente dos africanos, está a aumentar", disse Marcelo Valadares, especificando que Brasil e Portugal continuam a liderar a produção, seguidos de Moçambique e Angola (no festival, há filmes de todos os países de expressão portuguesa).

As expectativas da organização é duplicar ou mesmo triplicar o número de espectadores da primeira edição do festival, que registou uma afluência de 2800 pessoas, acrescentou, por seu lado, a directora artística do FESTin, Adriana Niemeyer.

O filme de abertura do FESTin, a 26 de Abril, será o premiado Lixo Extraordinário, uma co-produção brasileira e inglesa nomeada para o último Óscar de Melhor Documentário e que tem estreia comercial a 28 de Abril. A entrada é gratuita em todas as sessões, com excepção das que são sujeitas a convite. O festival é promovido pela Padrão Actual, com co-produção da Fundação Luso-Brasileira e do Cinema São Jorge. PÚBLICO/Lusa