Medidas adicionais de austeridade são “suficientes”, diz a Comissão Europeia

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Olli Rehn elogiou compromisso de Portugal sobre reformas no mercado laboral Yves Herman/Reuters

A margem adicional de 0,8 por cento que o Governo pretende obter no défice deste ano com um pacote adicional de medidas de austeridade e o impacto positivo no défice de 2,5 por cento e 1,2 por cento em 2012 e 2013 “deverão ser suficientes para alcançar os objectivos ambiciosos em matéria de défice” em 2011 e nos dois próximos anos, frisou Olli Rehn num comunicado.

O comissário europeu saudou ainda o compromisso do executivo português em responder com “reformas estruturais abrangentes, nomeadamente em matéria de mercado laboral e do sector financeiro”, para cumprir a meta do défice de 4,6 por cento do PIB este ano e chegar a 2013 com um défice de dois por cento.

Ontem, o primeiro-ministro José Sócrates, reafirmou no Parlamento que o Governo tudo fará para cumprir o compromisso assumido com Bruxelas e, já hoje, em dia de cimeira extraordinária dos chefes de Estado e do Governo dos 17 países da zona euro, em Bruxelas, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou mais medidas de austeridade para este ano. O pacote inclui a redução adicional de benefícios sociais, cortes nas comparticipações de medicamentos ou a redução de transferências para outros sectores.

E no dia em que os 17 discutem uma eventual flexibilização do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), o jornal alemão Financial Times Deutschland noticia que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) terão descoberto um buraco nas finanças públicas portuguesas durante a missão técnica que realizaram em Lisboa há duas semanas, com uma diferença de dois mil milhões de euros em relação ao que Bruxelas esperava que fosse o andamenrto da economia e as receitas do Estado.

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