Os sítios agora propostos são a bacia do Drugeon - com grande diversidade de habitats naturais -, o paul de Fier d’Ars (na ilha de Ré, em Charente-Maritime) - ponto de passagem das migrações de aves aquáticas -, lagoas do Lindre, da floresta de Romersberg e zonas vizinhas - zona reconhecida pela sua avifauna - e o lago de Bourget, na Savóia.

Segundo nota do Ministério da Ecologia, estas propostas, alvo de consulta interministerial, "são fruto da vontade dos agentes locais em beneficiar da atribuição desta classificação reconhecida a nível internacional".

Estas quatro zonas deverão juntar-se à rede mundial de 1235 zonas húmidas já designadas na lista Ramsar, abrangendo mais de 106 milhões de hectares, distribuídas pelos 135 países-membros da convenção. A França conta, actualmente, com 18 sítios.

A Convenção de Ramsar, assinada em 1971 e em vigor desde 1975, é considerado o primeiro dos tratados globais sobre conservação. Os sítios da sua lista são reconhecidos a partir de critérios de representatividade do ecossistema, de valores faunísticos e florísticos, e da sua importância para a conservação de aves aquáticas e peixes.

Portugal ratificou a convenção em 1980 e, no mesmo ano, indicou o Estuário do Tejo e Ria Formosa para a "Lista de Sítios Ramsar". Em 1996, em Brisbane (Austrália) foram designadas mais oito zonas húmidas em território português - Paul de Arzila, Paul da Madriz, Paul do Boquilobo, Lagoa de Albufeira, Estuário do Sado, Lagoas de Santo André e Sancha, Ria de Alvor e Sapais de Castro Marim.

Em Maio de 2001, Portugal apresentou mais duas zonas húmidas: Paul da Tornada (Caldas da Rainha) e Paul do Taipal (Montemor-o-Velho).