Portugal é o segundo país na integração de imigrantes
Portugal manteve o segundo lugar do Index de Políticas de Integração de Migrantes (Mipex III) e viu a sua pontuação "consideravelmente reforçada, aproximando-se da Suécia, sendo mesmo o país do topo da tabela cuja pontuação mais progride desde a última avaliação em 2007", revelou ontem a Presidência do Conselho de Ministros (PCM), depois de terem sido divulgados os resultados da terceira edição deste ranking internacional realizado pelo British Council e pelo Migration Policy Group.
O ranking, elaborado em parceria com 38 think tanks, ONG, fundações, universidades, institutos de investigação e organismos para a igualdade de direitos nos 31 países da Europa e da América do Norte envolvidos, é feito com base na avaliação de 148 indicadores em sete áreas de políticas que determinam o trajecto de um migrante até atingir a plena cidadania. A saber: acesso ao mercado de trabalho; reagrupamento familiar; autorizações de residência permanente; participação política; acesso à nacionalidade; antidiscriminação; e educação.
Portugal obteve o 1.º lugar no ran- king do acesso à nacionalidade e nas políticas de reagrupamento familiar. Nos restantes parâmetros, Portugal também registou "uma avaliação francamente positiva e posições de grande destaque": 2.º no acesso ao mercado de trabalho (a Suécia lidera); 4.º no acesso à educação (Suécia); 4.º nas autorizações de residência permanente (Bélgica); 5.º nas políticas antidiscriminação (Canadá e Estados Unidos) e 7.º na participação política dos imigrantes (Noruega).
O ministro da Presidência do Con- selho de Ministros, Pedro Silva Pereira congratulou-se com este resultado salientando o facto de a lei da nacionalidade portuguesa ter sido "considerada a melhor do mundo desenvolvido" e de, "no aspecto do reagrupamento familiar, que é tão importante para a realização e integração nas sociedades de acolhimento, Portugal está em primeiro lugar".
"É muito importante que neste momento de crise os países, a começar pelos europeus, permaneçam atentos ao respeito pelos direitos dos imigrantes", defendeu Pedro Silva Pereira.
De acordo com a organização British Council, cuja entidade parceira em Portugal é a Fundação Calouste Gulbenkian, existem actualmente cerca de 21 milhões de imigrantes legais a viver na Europa. No entanto, "os sistemas políticos e jurídicos que permitem a participação dos migrantes nas sociedades lado a lado com os cidadãos desses países varia muito de país para país". PÚBLICO/Lusa