A notícia da morte do fotógrafo foi confirmada pela sua filha, Linda Sal, ao “New York Times”.
Raymond D’Addario, foi membro da equipa do serviço de imagens militares que em 1945 documentou o Tribunal Internacional de Nuremberga e viu as suas fotografias serem disponibilizadas de forma gratuita, em todo o mundo, aos diários e revistas da época. As imagens figuram foram ainda utilizadas em vários livros de história.
Entre os seus trabalhos mais famosos encontram-se o do palanque do tribunal de Nuremberga com os réus, membros do partido nazi acusados de crimes contra a paz, contra a humanidade e crimes de guerra, cercados pela polícia militar, devidamente uniformizada com os seus capacetes brancos e as mãos nas costas em posição firme.
Do portefólio do fotógrafo destacam-se ainda as fotografias dos principais responsáveis do Holocausto. Hermann Goering, braço direito de Hitler, Rudolf Hess, secretário particular de Rusolf Hess, Joachim von Ribbentrop, ministro dos Negócios Estrangeiros, e Albert Speer, ministro do Armamento, que constam na lista dos condenados no histórico julgamento fotografado por Raymond D’Addario, pelos crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.