Empresas propõem aumentos salariais até 1,5 por cento
Uma ronda feita pelo Jornal de Negócios aos principais sectores da economia, revela que a recessão da economia e o corte salarial efectuado na Administração Pública e empresas do Estado têm levado os empresários a moderar as suas propostas salariais.
Na banca, os sindicatos reclamam aumentos de 2,2 por cento, mas a Associação Portuguesa de Bancos não pretende fazer qualquer aumento este ano.
No sector metalúrgico, à proposta de 3,5 por cento reclamada pelos sindicatos, a associação do sector responde com um congelamento dos salários. O mesmo acontece no sector automóvel, que propõe aumento zero, em contraste com os aumentos pedidos pelos sindicatos, que oscilam entre os três e os seis por cento. A Autoeuropa é a excepção, dado que o acordo do ano passado prevê um aumento de 3,9 por cento a dois anos.
Também na distribuição, o ponto de partida da associação do sector parte com uma proposta de não aumentar os salários, assumindo apenas a actualização do salário mínimo.
Na construção, comunicações e na REN, as negociações ainda não forma encetadas. A EDP está neste momento em negociação com os sindicatos e a empresa aumentou a suas propostas inicial de 0,5 por cento para 1,55 por cento.
As dificuldades e as pressões a que as empresas estão sujeitas têm levado mesmo os sindicatos a baixar ligeiramente as suas propostas. DE acordo com o jornal, a CGTP que tinha definido como aumento de referência os 3,5 por cento, tem estado a partir para as negociações com uma proposta de 2,7 por cento, acrescida de 1,4 por cento.