O Egipto nunca mais será o mesmo, diz Barack Obama

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O Presidente norte-americano prepara-se para fazer uma declaração sobre o Egipto Jason Reed/Reuters

O Presidente norte-americano, Barack Obama, declarou que "o Egipto nunca mais será o mesmo". Prometeu que os EUA “continuam a ser amigos e parceiros” do país e pediram “uma transição credível para democracia”.

“Os egípcios inspiraram-nos”, declarou Obama. “Fizeram-no derrubando a ideia de que a justiça se consegue melhor com violência. Porque no Egipto não foi o terrorismo, nem matanças sem sentido, mas sim a não-violência, a força moral, que dobrou o arco da História para o lado da justiça uma vez mais”.

Obama notou que há ainda muitas incógnitas sobre o que se poderá passar, mas afirmou-se confiante de que o povo do Egipto iria “tentar encontrar as respostas de um modo pacífico”.

De Berlim, Angela Merkel saudou a "mudança histórica". A chanceler alemã acrescentou esperar que o Egipto respeite o tratado de paz com Israel, cita a AFP. Já o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, elogiou a decisão “corajosa e necessária” de Hosni Mubarak em renunciar ao poder e disse que quer ver das “novas autoridades egípcias” o compromisso de “eleições livres e transparentes”.

“Hoje foi um dia notável, especialmente para os que estão na praça Tahrir e noutros locais, que pediram tão corajosa e tão pacificamente a mudança no país”, reagiu pelo seu lado o primeiro-ministro britânico, David Cameron. “O Egipto tem, agora, um momento de oportunidade para um Governo que possa unir as pessoas.”

A responsável pela política externa da UE, Catherine Ashton, disse que agora o importante é que “o diálogo seja rápido e que conduza a um governo que respeite as aspirações – e proporcione a estabilidade – do povo egípcio”.

Da região, a reacção mais interessante veio do Irão, que deu os parabéns aos egípcios pela "grande vitória". A narrativa iraniana é a de que as revoltas na Tunísia e Egipto foram inspiradas na Revolução Islâmica de 1979, focando-se num denominador comum: o derrube de ditadores apoiados pelos EUA. Mas enquanto isso tem proibido manifestações da oposição, que vêem os protestos no Egipto e na Tunísia como semelhantes aos seus: reacções a regimes opressivos e não democráticos.

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