As obras vão permitir aos espaços receber eventos culturais e estarão prontas a tempo da Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura

O Paço dos Duques de Bragança e o Castelo de Guimarães vão estar em obras até ao final do ano. A área envolvente dos dois monumentos nacionais vimaranenses também vai sofrer uma intervenção, de modo a beneficiar o espaço e a dotá-lo de condições para receber espectáculos. As obras estarão prontas a tempo da Capital Europeia da Cultura (CEC) do próximo ano, garantem os responsáveis.

O plano de reabilitação dos monumentos ontem apresentado prevê a melhoria das acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida e o reforço da segurança do Castelo de Guimarães, com a inclusão de corrimões e novas estruturas nas escadas. As torres daquele monumento vão também sofrer uma intervenção para que possam acolher exposições e actividades de serviço educativo, sendo ainda criada uma nova estrutura de acolhimento dos visitantes.

No Paço dos Duques vão ser restauradas as janelas e portas e instalados novos sistemas de segurança e detecção de incêndios. Esta é a terceira fase da reabilitação do conjunto monumental vimaranense, depois da intervenção no Largo do Carmo, há dois anos, e das obras na cobertura do paço e na torre de menagem do castelo, no ano passado.

O parque de lazer da Colina Sagrada, que envolve os dois monumentos, vai também entrar em obras. A intervenção vai renovar a iluminação e o mobiliário existente, bem como algumas árvores mais antigas, mas no essencial a configuração da zona verde vai manter-se inalterada. "Será uma intervenção de restauro. Reabilitamos o que está em mau estado, mas mantemos tudo o que está bem", explica o arquitecto Camilo Cortesão, responsável pela obra.

A reabilitação começa em Maio e vai custar cerca de dois milhões de euros. O investimento é partilhado pela autarquia e pelo Ministério da Cultura e estará concluído até ao final do ano. A obra vai também permitir criar um palco junto da fachada do castelo virada ao Campo de São Mamede, onde vão poder ser apresentados espectáculos culturais.

O presidente da câmara, António Magalhães, garante mesmo que a Guimarães 2012 foi fundamental para conseguir realizar esta obra. "Conseguimos aproveitar esta onda positiva que a CEC nos trouxe para fazer uma obra reclamada há muito tempo", sublinha.