Brisa procura parceiro na Índia para entrar em mercado de concessões

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Brisa quer levar o seu know-how em concessões rodoviárias para a India Paulo Ricca

O presidente da Brisa, Vasco de Mello, fez hoje a apresentação pública da Feedback Brisa Highways, uma joint-venture com o grupo indiano Feedback Ventures, que surgiu após uma parceria estabelecida em Novembro último, ainda antes da acesa Assembleia Geral que foi suspensa pela incerteza de os accionistas avalizarem o projecto de reestruturação da empresa. Alguns dos accionistas questionaram a opção da administração de dedicar 300 milhões de euros para aposta em mercados longínquos como a Índia e a Turquia.

Hoje, na capital indiana, Vasco de Mello voltou a destacar o “enorme potencial da Índia”, garantindo a aposta do grupo neste mercado com vista à entrada em futuras concessões. “A Índia tem um enorme potencial, esta forma de entrada no mercado é excelente e é uma forma de aprofundar o conhecimento que temos deste mercado”, disse. Actualmente a Índia tem 200 concessões e, segundo Mello, “necessita agora de um salto em termos de excelência nas operações”.

Começando agora pela manutenção das auto-estradas já existentes, é objectivo da Brisa “vir mais tarde participar nos projectos de concessão”, apesar de não ter ainda calendarizada essa participação. Mas “a Índia é um mercado de uma grande dimensão e disponível num período muito longo”, disse o presidente da concessionária, destacando que “a Índia em si mesmo já é um continente”. Questionado sobre eventuais parceiros que acompanharão o grupo nos projetos de futuras concessões, Vasco de Mello disse que não há ainda uma decisão sobre esta matéria

Nesse sentido, a Feedback Ventures Private representa “um parceiro com conhecimento do mercado indiano e a Brisa tem muita experiência no desenvolvimento de novas tecnologias”, como o demonstra o sucesso da implementação da via verde em Portugal, nos anos 1990.

Relativamente à Turquia, outro mercado para onde a Brisa apostou, a empresa está neste momento “só” a trabalhar ao nível da “consultoria”, esclareceu Vasco de Mello, mas a aposta será estar atento a oportunidades que surjam em termos de “privatização” de infra-estruturas.