“É um erro alhearem-se da participação cívica. Se o fizerem não têm depois direito a criticar os outros e deixam espaço aberto aos mais medíocres”, afirmou Cavaco Silva, numa intervenção na Reitoria da Universidade dos Açores.

No seu primeiro ato de campanha no arquipélago, onde chegou ao final da tarde, Cavaco Silva defendeu que o país “precisa de novas formas de ver, de pensar e de agir”, frisando que os jovens também devem “fazer ouvir a sua voz sobre o que pensam da crise em que o país está mergulhado”.

O candidato presidencial, que foi recebido por duas tunas académicas e teve um pequeno encontro com o reitor da universidade açoriana, Avelino Menezes, abordou ainda a importância da economia do mar, frisando que as potencialidades deste setor ainda estão pouco aproveitadas.

“Tenho feito uma cruzada alertando para a urgência de o país aproveitar este recurso estratégico”, afirmou, recordando que Portugal tem a maior Zona Económica Exclusiva da Europa e pode vir a ter uma das maiores plataformas continentais do mundo. Para Cavaco Silva, “é difícil compreender” que a economia do mar gere em Portugal menos emprego e riqueza do que noutros países “com uma zona costeira insignificante, comparando com a nossa”.

“Temos que conseguir erguer o mar à categoria de prioridade nacional”, defendeu, admitindo que as mentalidades estão a mudar no país mas ainda é preciso que “o poder político erga a economia do mar à categoria de prioridade”.