Steve Reich e Richard Wagner na Casa da Música

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Steve Reich vai estar a 10 de Maio no Porto para a estreia de dr

O compositor minimalista norte-americano Steve Reich vai ser o compositor associado da Casa da Música em 2011, e os Estados Unidos o país-tema da programação. Outro destaque do novo calendário de concertos será a apresentação em Setembro (dias 16 a 18) de Ring Saga, o compacto das quatro óperas do Anel do Nibelungo, de Richard Wagner - O Ouro do Reno, A Valquíria, Siegfried e O Crepúsculo dos Deuses. Trata-se da versão realizada por Jonathan Dove e Graham Vick em Inglaterra, nos anos 90, e que no Porto será interpretada pelo Remix Ensemble com vários solistas convidados. Steve Reich vai deslocar-se ao Porto a 10 de Maio, para acompanhar a estreia em Portugal da sua peça 2x5, num programa que inclui também Electric Counterpoint, interpretadas pelo agrupamento Bang on a Can. O compositor fará uma palestra pré-concerto, e outras obras suas estarão noutros programas ao longo do ano.

A presença da América musical no mosaico da programação de 2005 vai atravessar todos os ciclos e festivais e envolver as várias formações residentes da casa. Mas onde ela estará mais visível será no ciclo de jazz, que "é normalmente visto como a quinta-essência do imaginário sonoro da América", disse ontem António Jorge Pacheco, na apresentação do programa. Steve Lehman (25 Janeiro), Daniel Levin (24 Fevereiro), Amina Claudine Myers (17 Março), Brad Mehldau, com a soprano Anne Sofie von Otter (26 Março), Steve Coleman (15 Maio), Laurie Andersen (5 Junho) e Maria Schneider, no mês seguinte, a dirigir a Orquestra de Jazz de Matosinhos, são alguns dos presentes. Mas haverá também bandas sonoras de filmes e de musicais e uma retrospectiva das músicas americanas, de George Gershwin a Leonard Bernstein, de Philip Glass a Frank Zappa, de Edgard Varèse à Escola de Nova Iorque.

A programação para 2011 foi estabelecida antes dos anunciados cortes na dotação do Estado para a Casa da Música, que, segundo Gabriela Canavilhas afirmou no Parlamento no passado dia 5, será de oito milhões de euros - o que equivale a menos 20 por cento do que estava inicialmente previsto. António Jorge Pacheco diz que a equipa da programação avançou com o calendário para 2011 com a aprovação orçamental da Fundação Casa da Música. E Nuno Azevedo, administrador-delegado, acrescenta que a fundação não tem conhecimento oficial de nenhum corte, nem da verba que, no orçamento do Ministério da Cultura, está destinada à Casa da Música. "Já pedimos que nos precisassem essa informação, mas ela ainda não chegou. De qualquer modo, esta programação não está em causa", salientou Nuno Azevedo.

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