No âmbito do "Chapter 11" da lei de falências norte-americana, a MGM apresentou o seu pedido ontem no tribunal em Nova Iorque. Na semana passada, os credores do estúdio delinearam um plano destinado a ultrapassar os mais de dois mil milhões de euros em dívidas da empresa, negociando uma troca de participações como accionistas no estúdio. O objectivo da MGM é agora organizar-se financeiramente em 30 dias - o mesmo período que poderá levar a decisão do tribunal.
Depois de sair deste processo de falência, a MGM pretende angariar aproximadamente 350 milhões de euros, podendo assim dar continuidade às suas apostas televisivas e cinematográficas.
Com a sua dívida a crescer exponencialmente há mais de cinco anos, em 2010 a MGM teve já vários interessados na sua compra, incluindo a Warner Brothers (do grupo Time Warner). Entre os credores estão o J.P. Morgan Chase, o Crédit Suisse e fundos de cobertura de risco como a Anchorage Advisors e a Highland Capital Management. Agora, a sua gestão cabe a Gary Barber e Roger Birnbaum, responsáveis pela Spyglass Entertainment ("O Sexto Sentido") e com o acordo do multimilionário Carl Icahn, que chegou a aprovar a fusão da MGM com a Lions Gate e que agora deu a sua bênção à parceria com a Spyglass, que por seu turno facilitará a produção, assolada de problemas desde o início, de "O Hobbit", de Peter Jackson.
A MGM é responsável por filmes e franchises como James Bond, "Rocky" e "O Feiticeiro de Oz", e tem agora em mãos a produção de "O Hobbit", adaptação do romance de J.R.R. Tolkien em dois tomos cinematográficos.