“Um FC Porto campeão à nona jornada é inaceitável, tal como o ser ‘campeão de inverno’. Queremos é ser campeões na última jornada”, vincou, desconfiando dos múltiplos louvores que têm sido feitos à sua equipa.

Villas-Boas diz que “os elogios podem transmitir uma mensagem enganosa” e considera que a sua equipa é “demasiado apreciada, demasiado elogiada, quase na tentativa de dar o FC Porto como campeão à nona jornada”.

Não passámos do oito para o 80, mas a partir do jogo Besiktas e da grande organização que apresentámos no jogo com o Leiria, querem encaminhar o FC Porto no sentido do título quando o segundo [classificado] está à curta distância de sete pontos e já tivemos nove [de vantagem]”, lembrou.

O técnico desvalorizou o melhor arranque portista no campeonato em 25 anos, “porque não se reflecte em objectivos atingidos”.

O treinador “azul e branco” diz que o grupo acredita na “organização e qualidade de jogo que apresenta”, mas lembra que ao FC Porto ainda falta “uma série de deslocações muito complicadas, como Alvalade, Luz e Braga”. “Queremos ganhar em Coimbra, manter a distância de sete pontos se o Benfica também vencer. Manter boa distância pontual e aumentá-la no clássico com o Benfica”, disse.

O próximo desafio é sábado, em Coimbra, frente à Académica, antiga equipa de Villas-Boas, que actualmente segue na terceira posição do campeonato, com o segundo melhor ataque da prova. “Não sei se será ou não um grande espectáculo, mas perspectivo um jogo entre duas equipas que jogam olhos nos olhos, uma partida aberta. Espero que a nossa competência defensiva no seu global mostre a sua força em relação ao segundo melhor”, frisou.

Na quarta-feira decorreu a gala dos Dragões de Ouro, troféu que o confesso adepto “azul e branco” espera conquistar um dia: “É um prémio muito importante para qualquer portista. Estar entre os eleitos é um sentimento de orgulho muito forte, pois não está ao alcance de qualquer um. Terei de triunfar de modo absoluto e espero consegui-lo.”