Número de mortos não pára de subir após sismo na Indonésia

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O vulcão de Mount Merapi entrou em erupção no fim de Agosto, pela primeira vez em séculos Foto: Tarmizy Harva/Reuters

O número de mortes provocadas pelo tsunami, “uma parede de água com espuma branca” com três metros, segundo um testemunho citado pela AFP, pode estar muito acima do já confirmado pelas autoridades, uma vez que as equipas de socorro prosseguiam ontem buscas para encontrarem 411 desaparecidos.

O terramoto, de 7,7 na escala de Richter, teve epicentro a 78 quilómetros a oeste de Pagai Sul, uma das ilhas do arquipélago.

A agência indonésia para a prevenção de desastres revelou que quatro mil pessoas foram deslocadas devido aos efeitos do tsunami. O socorro está a ser dificultado pelas dificuldades de acesso e más condições climatéricas, com chuvas intensas.

O correspondente da BBC na Indonésia dizia ontem que o nível de devastação só agora começa a perceber-se.

O terramoto de segunda-feira terá sido uma réplica maior do sismo de magnitude 8,4 que a 12 de Setembro de 2007 abalou Sumatra, segundo o site da revista Nature. Os cientistas alertam que a actividade sísmica na região pode culminar num terramoto, e possível tsunami, semelhantes aos que a 26 de Dezembro de 2004 provocaram a morte de cerca de 230 mil pessoas em vários países do Índico.

Porta-vozes do hospital mais próximo do Mount Merapi, citados pela Reuters, disseram que as 28 pessoas mortas (29 segundo a AFP) foram vítimas de rajadas de ar quente e que as queimaduras sofridas por algumas as deixaram irreconhecíveis.

As autoridades retiraram mais de 40 mil aldeões das imediações de Mount Merapi, onde muitas casas foram destruídas e as ruínas estão cobertas de cinza. “Todas as casas estão cobertas de cinza, completamente branca. As folhas das árvores foram queimadas”, disse um operador de câmara da Reuters.

Numa erupção em 1994 morreram 70 pessoas e noutra em 1930 o número ascendeu a 1.300.

Actualizado às 21h20
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