Direito de Resposta: Câmara de Lisboa ocultou gastos de 228 mil euros
É falso que a Câmara Municipal de Lisboa tenha ocultado ou sequer pudesse ocultar as verbas dispendidas por ocasião da visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI a Lisboa.
A contabilidade municipal é pública e, no caso concreto, as verbas foram aliás publicitadas pela própria autarquia, que as inscreveu no Portal dos Contratos Públicos.
É também falso que a Câmara Municipal de Lisboa, e em particular o seu presidente, alguma vez tivessem dito que o apoio à visita papal não implicaria custos. Pelo contrário, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa afirmou repetidamente antes da realização da visita que a câmara estava "a fornecer toda a colaboração solicitada do ponto de vista logístico e operacional", in Diário Económico de 20 de Abril de 2010.
É totalmente falso que a Câmara Municipal de Lisboa tenha comparticipado nos custos do altar como insidiosamente o PÚBLICO escreve. Nem tal comparticipação lhe foi solicitada.
Os pagamentos à Multilem referem-se ao aluguer de tendas para acolher o coro e a comunicação social e ao aluguer e colocação de dois ecrãs (na Praça do Município e na Rua Augusta). Por fim, é nosso entendimento que é dever do Município, enquanto capital do País, colaborar na medida das suas possibilidades em eventos desta natureza, com esta dimensão e importância. E também é dever de laicidade respeitar a liberdade religiosa e ter uma relação positiva com as diferentes confissões.
António Costa, presidente da Câmara Municipal de LisboaN.D.:Na resposta à solicitação da jornalista autora do artigo sobre os custos da visita do Papa para a autarquia, a Câmara de Lisboa mencionou apenas dois dos sete ajustes directos efectuados com empresas privadas.