Nova edição do projecto Escola Electrão espera conseguir recolher mais de 1600 toneladas
Esta é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos (Amb3E), que conta com o apoio do Ministério da Educação e da Agência Portuguesa do Ambiente e desafia os alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico e do secundário a recolherem REEE e a entregarem-nos no Ponto Electrão das suas escolas, para que sejam reciclados.
A segunda edição foi ganha pela Escola Profissional Mariana Seixas, de Viseu, que recolheu 80 toneladas de REEE, que depois tiveram de ser transportados por 40 camiões.
Segundo o director geral da Amb3E, Fernando Lamy da Fontoura, os números conseguidos por este projecto impressionam desde a primeira edição. Na edição do ano lectivo 2008/2009 participaram 413 escolas, 285 mil alunos e 38 mil professores, resultando uma recolha de 1.164.783 quilos de REEE, “apenas numa semana de presença do Ponto Electrão em cada uma das escolas”.
“O vencedor foi a escola básica 2/3 ciclos e secundária de Lanheses, com 34.445 quilos. Achávamos que seria muito difícil conseguir ultrapassar esta marca”, recordou.
No entanto, no ano lectivo seguinte, a Escola Profissional Mariana Seixas quase que atingiu as 80 toneladas (79.920 quilos), numa edição em que participaram 603 escolas, 405 mil alunos e 57 mil professores.
Segundo Fernando Lamy da Fontoura, apesar de as inscrições para a edição que hoje arrancou só terminarem no dia 22, já foram ultrapassadas as 300 escolas, “um ritmo avassalador, até assustador”. “Esperamos ter pedalada logística suficiente para o entusiasmo que as escolas revelam”, gracejou, acrescentando que os promotores do projecto esperam “ser surpreendidos pela terceira vez”.
O responsável lembrou que, inicialmente, tratava-se de um projecto “de sensibilização e de comunicação, não era um projecto de recolha de toneladas”, congratulando-se com a grande adesão dos alunos.
Mário Graça, da Agência Portuguesa do Ambiente, considerou que os resultados deste projecto são uma garantia de que, independentemente de “qualquer meta que venha a ser imposta pela nova directiva (europeia sobre REEE)”, Portugal já está “no bom caminho”.