ModaLisboa começa à chuva (morna) no Mercado da Ribeira

Alves/Gonçalves Verão 2011
Fotogaleria
Alves/Gonçalves Verão 2011 Rafael Marchante/Reuters
Alves/Gonçalves Verão 2011
Fotogaleria
Alves/Gonçalves Verão 2011 Rafael Marchante/Reuters
Filipe Faísca Verão 2011
Fotogaleria
Filipe Faísca Verão 2011 Raquel Esperança
Alves/Gonçalves Verão 2011
Fotogaleria
Alves/Gonçalves Verão 2011 Rafael Marchante/Reuters
Filipe Faísca Verão 2011
Fotogaleria
Filipe Faísca Verão 2011 Raquel Esperança
Ricardo Preto, Verão 2011
Fotogaleria
Ricardo Preto, Verão 2011 Raquel Esperança
Ricardo Preto Verão 2011
Fotogaleria
Ricardo Preto Verão 2011 Raquel Esperança

O Mercado da Ribeira é, assim, a derradeira paragem da ModaLisboa antes de se mudar para a sua casa definitiva: o Páteo da Galé, no Terreiro do Paço - onde já se realizou a 34ª edição da ModaLisboa, em Março. Terminadas as obras no Páteo, “no início de 2011 essa será a casa que espero que seja definitiva” da ModaLisboa, reforçou quinta-feira o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, que garantiu ainda ao PÚBLICO que a crise não afecta estes compromissos da autarquia.

Ou seja, o protocolo de três anos que garante 800 mil euros de verba para este ano e um acréscimo de cinco por cento a cada ano seguinte “é para cumprir. Tivemos o nosso choque orçamental há três anos e temos conseguido cumprir os nossos protocolos”, acrescentou António Costa, que descreve a ModaLisboa como “um grande activo para a cidade”.

Moda de Verão por Faísca, Preto e Alves/Gonçalves

Depois de um arranque morno na sala de desfiles alojada na nave central do mercado, o desfile de Manuel Alves e José Manuel Gonçalves começou com breves pingos de chuva mas rapidamente limpou as dúvidas: a dupla quer fazer das silhuetas limpas, fluidas e livres um símbolo de austeridade. "A questão fundamental para mim prendia-se com 2011 - estamos em crise", explicou aos jornalistas Manuel Alves. Por isso mesmo, e depois de várias colecções marcadas pelos vestidos curtos e estruturados a evocar cocktail, a colecção repleta de linhas direitas, plissados e cores pastel com alguns choques de cor (rosa, amarelo) marcou o final de noite. "É uma silhueta simplificada, sem excessos, sem contornar muito o corpo. Daí nasce a nossa posição perante este facto" - a crise.

Já Filipe Faísca não fugiu ao que melhor faz: moldar vestidos femininos, fluidos e de bom corte, inaugurando a 35ª edição da ModaLisboa com a intenção de "tornar o feminino prático". Numa colecção que também mostrou cores frescas, e que tal como os restantes criadores apostou nas rendas ou nas texturas, partiu do deserto para a cidade e as festas com alguma sobriedade.
Da camurça e mousselines de Faísca para "Bird Girl", a colecção de Ricardo Preto com uma inspiração em Paul Poiret, o mítico costureiro parisiense do início do século XX, passou do minimalismo aos contrastes cromáticos e de silhuetas com um styling arriscado.

A ModaLisboa número 35 continua sexta-feira com Luís Buchinho, Alexandra Moura e Ana Salazar e com a marca Cia. Marítima. Os desfiles terminam domingo às 22h com Maria Gambina.

Sugerir correcção
Comentar