A imagem do menino prodígio que começou a tocar e a improvisar ao piano aos dois anos e que aos 12 deslumbrou o meio musical com a sua interpretação dos dois Concertos, de Chopin, na Grande Sala do Conservatório de Moscovo, será sempre indissociável da carreira de Evgeny Kissin (n. 1971), mas o actual perfil do pianista russo está longe de corresponder ao retrato pré-concebido do intérprete intuitivo de virtuosismo superficial que por vezes se associa a esses percursos. É evidente que Kissin possui uma enorme intuição musical e uma técnica soberba, mas é também um artista consumado que tem revelado uma notável maturidade. A energia, o fulgor e o risco (Kissin não toca à defesa, entrega-se) são combinados com uma interiorização profunda das obras. É alguém que domina os diferentes parâmetros pianísticos e que possui uma enorme paleta de cores e dinâmicas e os coloca ao serviço de uma interpretação muito viva. Presença regular nas temporadas Gulbenkian dos últimos anos, Evgueny Kissin regressa a 29 e 30 ao Grande Auditório para interpretar o Concerto para Piano nº2, op. 21, de Chopin, com a Orquestra Gulbenkian. O programa inclui ainda o "Carnaval Romano" op. 9, de Berlioz, e o Concerto para Orquestra, de Witold Lutoslawsky (1913-1994).
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