BHP Billiton obrigada a alargar prazo da oferta à Potash Corp
A oferta pública de aquisição (OPA) lançada a 18 de Agosto sobre a canadiana Potash Corp parece não agradar ao regulador da autoridade do Canadá, que ontem, pediu mais informações sobre a possível compra. O requerimento feito obriga a que nos próximos 30 dias a oferta não se possa dar por concluída. E a BHP veio já anunciar a prorrogação do prazo de aceitação da oferta até dia 18 de Novembro, um mês a mais que o anunciado aquando da recusa da Potash.
Em comunicado, a BHP já se disponibilizou para ceder o mais rapidamente possível as informações complementares necessárias e mostra-se confiante de que a oferta receberá todas as aprovações regulamentares necessárias em tempo oportuno. Já os analistas consultados pela agência Reuters consideram que este não será o único obstáculo no caminho da BHP, e há já quem diga que o prazo possa ser alargado até à Páscoa.
A prorrogação do prazo pode contudo ser analisada segundo dois prismas, por um lado o abrandamento da pressão exercida da BHP sobre a Potash, mas por outro lado mais tempo de decisão para que outras propostas possam surgir face aos 39 mil milhões de dólares da BHP.
Ontem o PÚBLICO noticiou o alegado pedido de apoio financeiro feito ao governo de Pequim por parte do grupo chinês Sinochem para tentar comprar a Potash. Este alargamento do prazo pode, por isso, contribuir para que os chineses avancem mais rapidamente.
Se até 18 de Novembro não surgirem novas propostas, concorrentes àquela que é já considerada a maior proposta de compra do ano, e caso a Potash aceite essa mesma proposta, a BHP tornar-se-á detentora de 30 por cento da produção mundial da potassa, uma matéria-prima cada vez mais procurada.
Em comunicado, a mineira anglo-australiana, liderada por Marius Kloppers, comprometeu-se a contactar a Potash Corp, principal interessada no processo, com o intuito de a informar das alterações referentes à oferta.